
Há uma nova exposição no Taguspark que explora a ideia de raízes, tanto no sentido literal como no abstrato, a natureza e o papel da mulher na sociedade. “Raízes”, um conjunto de cerca de duas dezenas de pinturas da jovem artista Emma Santos, vai estar patente no Núcleo Central do Taguspark, em Oeiras de 7 de julho até 27 de agosto de 2022. A entrada é gratuita.
Nesta coleção de obras, Emma Santos, de apenas 19 anos e a estudar na Camberwell College of Arts em Londres, traça elementos da sua identidade, como as suas raízes portuguesas, a feminidade e a história das mulheres, a sua conexão com a natureza, a sua infância e experiências de nascimento e morte. Nas suas pinturas, as próprias árvores e raízes são metáforas ou símbolos para mulheres, segurança e unicidade.
«A partir da ideia de raízes, esta exposição aborda as origens e a personificação da natureza como uma mulher em muitas culturas. O mundo natural é muitas vezes visto como uma fonte abundante de recursos, dando-nos vida e conforto, e isso relaciona-se com a forma como as mulheres são tratadas na nossa sociedade, especialmente as mães, entidades férteis e abundantes sobre quem recai o ónus do trabalho reprodutivo e emocional no contexto da família», explica Emma Santos.
Ao som do Fado, que ouve enquanto pinta, a artista usa narrativas e imagens de mulheres na história da arte e na literatura como referências para pintar as suas próprias experiências como mulher. “Daphne and the Laurel Tree”, uma das pinturas expostas, é inspirada na antiga história Grega de Daphne, que se transforma numa árvore para se esconder de Apolo, e obras como “The Cockerel and the Fox”, “Portrait of my Room” e “Saudade” exploram sentimentos de saudade e dissonância cultural.
“Raízes”, que será a segunda exposição a solo da artista, tendo exposto no Grémio Literário em Lisboa, em 2021, e em duas exposições conjuntas em Londres, em 2022, pode ser visitada até 27 de agosto, de segunda a sábado das 9h às 19h (exceto domingos e feriados).
A presença das artes e cultura no Taguspark – Cidade do Conhecimento insere-se no contexto do MAU – Museu de Arte Urbana, que tem por objetivo promover o pensamento crítico e é um convite à reflexão sobre a sociedade atual.